Uma Morte

                                                               (à EdithLuísaEloisaHilda)
Dedos largos
Cabelos platinados
Mão alvas

Ressurge à direita
Como se tivesse elevador
A trazer-te à espreita

Vejo não esqueço
Sempre penso
Trago em peito

O Amor é um laço
Nunca desatado
Grudado nunca desfeito.

Acordada

Lembrei-me pois dos caminhos dados
Todos os passos, passo-a-passo perspassaram
E então o amor de eternidade
Ficou plácido

Ainda lembro mais mas
Revisto-me de dedos a manter
Em segredo secreto
E lanço dados

Ao avançar da noite lembro-me mais
E cá eis limpa de asssombrações
Não bem-vindas, o amor cabe
E não finda ao nos querer-nos bem

Nada nada intrometida
Apenas: Ví-vi-da! {Duas, Três, Quatro,Cinco}

Dos olhos que me pertencem

                                                                                     {À Lizette}
Tão meus são os olhos

Quentes Escuros que formam

Quente Donde eu Estou

Em Norte Norteando às vezes

Cabe no Sul

Abaixo em sonhos

Os olhos não contam

Dos sonhos em sonhos

Sem lençol.